Sociedades senescente: análise de vínculos sociais numa instituição de longa permanência em Campina Grande – Paraíba
Resumo
O último censo demográfico realizado pelo IBGE indica que 11% da população brasileira é constituída por idosos, e a Paraíba ocupa a quinta colocação, com o maior contingente. Esse fato tem provocado sensíveis modificações na sociedade contemporânea e, nesse sentido, as Instituições de Longa Permanência para Pessoas Idosas (ILPIs) passam a ser percebidas como parte da realidade social e necessárias para o atendimento de idosos que se encontram em situação de risco. Este artigo pretende discutir essa complexa realidade social a partir da exposição e análise dos resultados de um Projeto de extensão, da área de Ciências Sociais, realizado no Instituto São Vicente de Paulo, na cidade de Campina Grande- PB. No âmbito dessa Instituição, enfatizamos as práticas de sociabilidade construídas entre os mediadores institucionais e os residentes, e entre estes e o nosso grupo de extensionistas. A fim de contemplar os objetivos propostos, utilizamos a metodologia da História Oral, através da técnica da história de vida, e a observação participante. Concluiu-se que, se por um lado a ILPI pode ser vista como um ambiente formal e regido por normas, por outro lado, a Instituição pode possibilitar novas experiências de sociabilidade geracional entre os indivíduos que compartilham a mesma condição social e o espaço físico, e entre estes e os cuidadores. Diferentemente dos estereótipos elaborados pelo senso comum sobre a “estaticidade” social que caracteriza uma ILPI, esperamos contribuir para que diferentes percepções sobre a velhice institucionalizada possam ser reconhecidas.