Velhice e autonomia: a experiência cotidiana de viver só

  • Keila Maia Cardoso

Resumo

As mudanças demográficas têm favorecido alterações na estrutura familiar e, associado ao aumento da população idosa brasileira, a configuração de uma nova realidade, onde um número cada vez maior de idosos vivem sozinhos nos domicílios. Buscando compreender como se dá o enfrentamento da velhice por esses idosos que vivem sós, foi realizado um estudo de caráter qualitativo com oito idosos que residem no distrito de Jacareci, zona rural do município de Camacan-Bahia, sendo quatro mulheres e quatro homens, com idades variando entre 62 e 84 anos, vivendo sozinhos por um período que variava entre dois e 35 anos. Seis são viúvos, um solteiro e um separado; seis deles recebem aposentadoria, têm filhos (sete deles), com quem mantêm contato pouco freqüente. Revelaram sentimento de solidão por viverem sozinhos, apontando como principais motivos para viverem sós, na ordem: a perda de entes queridos, a ausência de descendentes, as separações ou, ainda, migração de familiares para outras localidades em busca de emprego. A principal rede de relação social que aparece realça os amigos e vizinhos. Encontram na religiosidade uma fonte importante de auxílio e amparo para essa vivência.

Downloads

Não há dados estatísticos.
Publicado
2014-09-01