A doença de Alzheimer em idosos e as consequências para cuidadores domiciliares
Resumo
O envelhecimento da população vem ocorrendo devido à tendência mundial à diminuição da mortalidade, fecundidade e o prolongamento da esperança de vida. Isso acarreta mudanças no
perfil epidemiológico no qual predominam as doenças crônicas não transmissíveis que podem ou não limitar e comprometer a capacidade funcional e a qualidade de vida do idoso, implicando
na necessidade de cuidadores. Dentre as doenças crônicas prevalentes em idosos, destacam-se as demências, sendo a mais comum a Doença de Alzheimer (DA). Objetivou-se identificar, nas
produções científicas nacionais, as consequências do cuidado ao idoso portador de Doença de Alzheimer para os cuidadores domiciliares. Foi realizada pesquisa bibliográfica, nas bases de
dados do Lilacs e Scielo, utilizando como descritores: Doença de Alzheimer, Cuidadores e Idosos, entre 2000 e 2012. Como resultados, identificou-se que o cuidado é exercido, na maioria
das vezes, por mulheres; que a Doença de Alzheimer acarreta um rompimento do modo de vida do cuidador, que passa a ter seu cotidiano modificado e sobrecarregado; e que o grupo de apoio
consiste em um importante meio de ajuda para os cuidadores, visto que através das experiências adquiridas nos grupos, os cuidadores podem ter uma ideia da dimensão dos problemas que
podem enfrentar no cotidiano e dessa forma planejar ações que reduzam sua sobrecarga. Conclui-se que os profissionais de saúde devam ampliar o foco de sua atenção diante da DA, de maneira
que não só ajudem o portador como também seus cuidadores, visto que estes realizam o trabalho mais desgastante.