A doença do alzheimer na percepção do cuidador não familiar
Resumo
A doença de Alzheimer (DA) leva à perda de autonomia com o decorrer de sua evolução, tornando imprescindível a presença de um cuidador junto ao doente para ajudar na realização das atividades básicas diárias. Devido à falta de estudos no sul da Bahia em torno dessa questão, o objetivo desta pesquisa foi conhecer o cuidador não-familiar, aquele contratado pela família do idoso para prestar-lhe assistência em seu próprio domicílio. Desenvolvida junto ao cuidador do idoso com DA, a pesquisa permitiu a constatação de que, tal qual a família que o contrata, esse cuidador tem baixo nível de escolaridade, baixa remuneração, pouca experiência em cuidar de pessoas idosas e nenhum conhecimento a respeito da doença de Alzheimer. Esses elementos, associados à falta de vínculo afetivo com o idoso dementado faz com que a qualidade desse cuidado seja uma interrogação e mereça, por parte dos profissionais do Programa de Atenção Básica à Saúde, mais atenção quando de suas visitas aos domicílios, até para orientar esses cuidadores e chamar a atenção da família para aspectos singulares desse cuidar. Desse modo, cabe não apenas aos órgãos competentes, mas aos profissionais da área de saúde, o papel de estar atento e oferecer um direcionamento para os familiares que têm pessoas com DA.