Novas demandas na educação formal face à longevidade

  • Helenice de Moura Scortegagna
  • Agostinho Both

Resumo

A longevidade humana que desponta como um fenômeno social digno de ser considerado pelas políticas educacionais, mediante uma perspectiva de otimização de oportunidades e estilo de vida saudável, no sentido de garantir melhor qualidade de vida a uma população envelhecente, tem recebido pouca importância nos currículos escolares, meio pelo qual a sociedade instrui as gerações mais novas na compreensão de um estoque de interpretações de diversas realidades. O objetivo desse texto é refletir o quanto a vida humana, a possibilidade de torná-la longeva e as suas formas de expressão se constituem em razão para se repensar o currículo escolar por meio de novas experiências escolares e de estratégias de superação dos limites interpostos. Nesse sentido, a formação de um estilo de vida que garanta a longevidade qualificada é o escopo principal quando se propõe introduzir, no currículo, a perspectiva do viver-envelhecer saudável, constituindo aprendizados que dêem conta desta intenção. Para tanto os hábitos realizados em condutas concretas, na escola e fora dela ou em oficinas, podem gerar uma nova dimensão no processo educativo, como forma de promoção da saúde e alternativas existenciais, oportunizando que se explorem novos arranjos educacionais face à longevidade. Diante dessa compreensão, encontra-se a escola como um espaço social responsável por atingir os melhores processos de formação ao aproximar os aspectos cognitivos aos aspectos éticos da educação, possibilitando que sejam desenvolvidas ações intencionais no ensino da vivência das virtudes, pois os hábitos de vida, enquanto maneiras de ser e de agir, constituem-se no baluarte da vida social.

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Publicado
2014-08-06
Seção
Artigos