http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/issue/feedLitterata: Revista do Centro de Estudos Hélio Simões2023-04-27T10:07:26-03:00Equipe editoriallitterata@gmail.comOpen Journal Systems<p>A revista <strong>Litterata</strong> é uma publicação do Centro de Estudos Portugueses Hélio Simões, do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz. De viés interdisciplinar e colocando-se como espaço de interlocução entre pesquisadores do Brasil e do exterior, a revista aceita artigos inéditos que abordem questões pertinentes ao campo dos <strong>Estudos Literários</strong>. Além dos volumes monotemáticos, a revista aceita contribuições em fluxo contínuo com temática livre. </p>http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3723Editorial2023-03-27T19:56:03-03:00Inara de Oliveira Rodriguesinarabr23@gmail.com<p>Editorial</p>2023-03-27T19:53:45-03:00##submission.copyrightStatement##http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3182O quanto 2020 nos interroga? O quanto Ensaio sobre a cegueira desvenda?2023-04-27T09:59:32-03:00Miriam Denise Kelmmiriamkelm@unipampa.edu.brGuilherme Henrique Paromiriamkelm@unipampa.edu.br<p>O artigo traz uma reflexão sobre as injunções entre um período singular como foi a eclosão da pandemia de Covid-19 em 2020 e a concomitante leitura da obra <strong>Ensaio sobre a cegueira</strong><em>,</em> de José Saramago, realizada em sala de aula, no Curso de Licenciatura em Letras da Universidade Federal do Pampa. Para tanto, busca-se o referencial teórico ligado à formação do leitor literário, em seu percurso de amadurecimento e refinamento na recepção de obras ficcionais complexas e alegóricas. Oportuniza-se a retomada das discussões de ordem interativa: autor-texto-sociedade, reafirmando a completa simbiose das produções artísticas com o meio e os tempos que as proporcionam. Contempla-se em especial a percepção de um processo em curso, no próprio autor, de ceticismo crescente e implacabilidade do olhar diante da existência humana e, por fim, registra-se o aporte metodológico da escrita diarística, tornada tão significativa no período mencionado. Para tanto, recorre-se às memórias e entrevistas dadas por José Saramago; passa-se pela caracterização do diário nas palavras de Philippe Lejeune e Judith Butler; faz-se uma incursão no tema do engajamento do autor diante da historicidade, através de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir; insere-se considerações sobre a Literatura Portuguesa Contemporânea e sua atualidade e, por último, agrega-se à descrição do experimento pedagógico de leitura da obra saramagueana um relato do discente Guilherme Henrique Paro, revelando o grau de subjetividade envolvida e contribuindo para a legitimidade da experiência que motivou essa reflexão.</p>2023-03-27T19:16:34-03:00##submission.copyrightStatement##http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3200Zenóbia2023-04-27T10:00:02-03:00Simône Gomes dos Santosportelasimone50@gmail.comJosé Rosa dos Santos Juniorjuliteratta@gmail.com<p>O presente artigo objetiva analisar o conto “Zenóbia”, que faz parte da coletânea <em>Os melhores contos </em>(1994), de Lêdo Ivo. Nossa proposta se constrói na abordagem sobre questão de gênero tendo por base o Pós-Colonialismo. Nosso principal objetivo é analisar as configurações de gênero em uma empregada doméstica, negra e pobre, que mora em uma favela do Rio de Janeiro. Recorremos ao pensamento pós-colonial, especificamente às reflexões sobre a subalternidade e o silenciamento. Para isso, nos embasaremos nos autores Spivak (1988), Fanon (1994), Achugar (2006), dentre outros, a fim de compreender a dinâmica e a construção simbólica do sujeito e da sujeita subalternizada, sobretudo, na tentativa de observar o pensamento misógino e discriminatório, manifestado discursivamente, direcionado à mulher negra e pobre.</p>2023-03-27T19:15:13-03:00##submission.copyrightStatement##http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3334A poesia de resistência de Arminé Arjona contra o feminicídio no México2023-04-27T10:03:40-03:00Carlos Magno Gomescalmag@bol.com.br<p>Este artigo analisa as estratégias líricas usadas por Arminé Arjona para prestar homenagem às vítimas dos feminicídios, que aconteceram entre os anos de 1994 e 2004, em Cidade de Juarez, no México. Identificamos as particularidades desse ativismo lírico que resgata a voz dessas mulheres silenciadas por seus algozes e por um sistema de impunidade. Metodologicamente, articulamos o conceito de “contracanto”, de Linda Hutcheon (1989), para identificarmos as características líricas de uma poesia de resistência. Além disso, baseamo-nos em conceitos antropológicos propostos por Marcela Lagarde (2005) e Rita Segato (2013) que consideram esses crimes como próprios de um genocídio contra mulheres pobres e pardas. Nesse contexto, a poesia de Arminé Arjona ecoa como um grito de clamor por justiça e pelo fim da violência contra a mulher.</p>2023-03-27T19:11:26-03:00##submission.copyrightStatement##http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3280Imagens de um passado em ruínas2023-04-27T10:04:53-03:00Ernani Hermesernani.hermes@gmail.com<p>Michel Zéraffa (2010) entende que a todo romance subjaz uma concepção de pessoa e a categoria da personagem desvela determinadas condições da existência humana. Ao partir de tal pressuposto, este trabalho se dedica à análise do romance <em>The sound and the fury</em>, de William Faulkner, publicado em 1929, focalizando a construção da figura ficcional em à luz da memória. Assim, define-se memória a partir de Paul Ricoeur (2007) como uma representação do passado. Do mesmo modo, a análise de Ilse Vivian (2014) sobre personagem-memória é trazida para discussão. Segundo a autora, a continuidade de sentidos expressa pela experiência pessoal, os determinantes históricos, a narração e as atenuações das fronteiras entre o real e a imaginação são tópicos para a discussão dessa categoria narrativa. Então, pela articulação entre as proposições teóricas e a análise literária, verifica-se que a matéria constitutiva da personagem é sedimentada pela representação da memória na narrativa.</p>2023-03-27T19:12:54-03:00##submission.copyrightStatement##http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3722Uma epistemologia para a adaptação da literatura ao cinema2023-04-27T10:05:21-03:00Márcio Soares Dos Santosmarciosoarespoa@gmail.com<p>Este artigo busca uma aproximação aos processos adaptativos da literatura para o cinema em temos epistemológicos. Seus fundamentos estão em Michel Foucault e Pierre Bourdieu para questões sobre as relações de poder e a produção de bensculturais, e em Jacques Aumont para as relativas ao filme. Utiliza, para exemplificação, Mirad los Lírios del Campo (1947), adaptação argentina para cinema, dirigida por Ernesto Arancibia, do livro Olhai os Lírios do Campo (1938), do autor brasileiro Erico Verissimo. Interessa-se em examinar como a transterritorialidade na adaptação afeta as representações nos dois campos.</p>2023-03-27T19:45:21-03:00##submission.copyrightStatement##http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3584A escrita teresiana, a alma esponsal e o amado:2023-04-27T10:05:58-03:00Alan Marques de Pinhoalanmarques075@gmail.com<p>Esta pesquisa tem como objetivo discutir a narrativa teresiana, a consolidação dos seus conceitos místicos juntamente com o uso de palavras específicas que caracterizam sua escrita. Santa Teresa D’Ávila constituiu através de suas obras uma nova forma de relacionar-se com o divino por meio da mística. A religiosa estrutura uma linguagem esponsal fazendo uso de termos bem característicos em sua escrita para sistematizar seus conceitos místicos, os quais, por vezes, são confundidos com uma narrativa dotada de um certo erotismo, questão esta que será debatida ao longo do texto. Desta forma, o presente artigo busca analisar a escrita teresiana com a consolidação de uma linguagem esponsal e debater a dissonância desta escrita religiosa com uma escrita erótica e impura.</p>2023-03-27T18:47:40-03:00##submission.copyrightStatement##http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3155Águas de Rita:2023-04-27T10:06:37-03:00Elisiane Santos de Matoselis.coms@gmail.comCiro Antonio das Mercês Carvalhocirocarvalho08@gmail.comMaurício Beckmbeck@uesc.br<p>A presente comunicação intenta realizar uma análise espacial do texto <em>Águas de Rita</em>, de autoria de Belize Pombal, presente na coletânea erótica <em>Além dos Quartos</em>, em que tomamoscomo base<em>as relações singulares entre espaço, sexualidade, prazer e tecnologia</em> presentes na obra <em>Pornotopia</em> de Preciado (2020). Antevendo e problematizando as diferenças conceituais entre o erótico e o pornográfico e, a partir dos estudos de Mota (2012), pelo viés da Análise de Discurso materialista, desconstruindo a ideia de uma fronteira rígida entre eles, pretendemos trabalhar em retrospecto o conceito de <em>heterotopia </em>presente na filosofia foucaultiana, tendo por base a análise de Preciado (2020) acerca do conceito de <em>pornotopia</em>. Em <em>Águas de Rita</em>, temos a representação de uma mulher negra, seus dilemas envolvendo sua sexualidade em um contexto urbano, de modo que buscamos compreender como se posicionam as <em>identidades </em>(BUTLER, 2017) subjetivas das mulheres negras, enquanto sujeitos e não como objetos eróticos, frente aos seus desejos, aos seus corpos e aos seus afetos. Para tanto, utilizamos também o arcabouço teórico presente nas obras de Preciado (2018); Kilomba (2019) e Maingueneau (2010).</p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: mulheres negras; erotismo; crítica feminista; sexualidade.</p>2023-03-27T19:20:37-03:00##submission.copyrightStatement##http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3501Amado Jorge no YouTube:2023-04-27T10:07:26-03:00Reginaldo Silva Araujor.araujosba@gmail.comGildeci de Oliveira Leitegildeci.leite@gmail.com<p>A ampliação do acesso às redes sociais tem provocado no público jovem, aparentemente, uma diminuição no aspecto cativante do desejo em ler uma obra literária, em virtude do imediatismo proporcionado pela <em>web</em>. Como peças-chave nesse caminho contemporâneo proporcionado pelo desenvolvimento das tecnologias digitais, da <em>internet </em>e das redes sociais, os <em>booktubers</em> surgiram recentemente no panorama virtual do <em>site</em> de vídeos da empresa <em>Google. </em>Nesse sentido, eles efetuam uma união entre literatura e redes sociais cativando o público para a leitura, seja ela de obras juvenis ou clássicas. No presente artigo, busca-se lançar luz à como a influenciadora Isabella Lubrano, do Canal <em>Ler Antes de Morrer</em>, que hospeda suas vídeo-resenhas no <em>YouTube, </em>articula e expõe suas experiências com a obra literária <em>A morte e a morte de Quincas Berro d’água</em>, de Jorge Amado (2008). Sendo assim, utiliza-se de uma metodologia qualitativa, exploratória e bibliográfica a partir de um quadro teórico que, entre outros, inclui Abreu (2020), Araujo e Saraiva (2021), Candido (2004), Costa (2016) Lévy (1999) e Santos (2013). Os resultados evidenciam que Lubrano ao atualizar a novela amadiana cativa o público espectador de sua produção audiovisual e, assim, colabora para a difusão da obra literária nas redes sociais.</p> <p> </p>2023-03-27T18:50:34-03:00##submission.copyrightStatement##http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3721Lucílio Manjate:2023-03-27T19:55:59-03:00Maiane Pires Tigremaiane.tigre@hotmail.com<p>Lucílio Manjate, escritor, professor e pesquisador moçambicano é um dos representantes mais <br>autênticos da recente safra de autores contemporâneos. Nesta entrevista, situa a nova geração no quadro da <br>literatura moçambicana, além de demonstrar explicar a substancial presença de algumas marcas de tradição, <br>transição e ruptura em relação aos nomes já consagrados da literatura de Moçambique, apontando-se, assim, <br>os aspectos fundamentais da prosa contemporânea desse país. Apresenta-nos, também, os autores da nova <br>geração que começam a trilhar o seu percurso de internacionalização, são os casos de Mbate Pedro, Clemente <br>Bata, Lica Sebastião, Aurélio Furdela, Hélder Faife, Rogério Manjate, Hirondina Joshua, Pedro Pereira Lopes, <br>Sangare Okapi, Lucílio Manjate, entre outros. Ademais, situa o importante legado de Aldino Muianga para a <br>construção de gramática do subúrbio de Lourenço Marques e Maputo que, naturalmente, influenciou a nova <br>geração de prosadores moçambicanos permitindo aos mais jovens escritores se apropriarem da realidade e do <br>imaginário suburbano com uma autoridade também inquestionável. Por conseguinte, expõe-nos um breve <br>catálogo de obras e pesquisadores que efetuaram uma cartografia literária da literatura moçambicana, a <br>exemplo de Francisco Noa, Ana Mafalda Leite, além, é claro, do próprio Lucílio, que enquanto teórico, chama <br>para si esta tarefa de ampliar o tema, possuía uma fortuna crítica sobre a recente seara de autores. Vale enfatizar <br>ainda a significativa produção do jornalismo cultural identificada pelos jornalistas José dos Remédios, Elton <br>Pila e Leonel Matusse.</p>2023-03-27T19:34:21-03:00##submission.copyrightStatement##http://periodicos.uesc.br/index.php/litterata/article/view/3396Entrevista com a escritora Deborah Dornellas2023-03-27T19:56:04-03:00Larissa Gonçalves Menegassilarissagmenegassi@gmail.comLilian Herrera Salinaslilian.salinas1980@gmail.com<p>Esta entrevista foi realizada com o objetivo de registrar a relação da obra literária de Deborah Dornellas com os debates realizados pelo Grupo de Estudos Internacional "Océanos, desplazamientos y resistencias en la Literatura Contemporánea". Compreender as motivações, processos e resultados da autora, através do romance <em>Por Cima do Mar</em> (2018), se fez necessário para posicionar temáticas como a diáspora, migração e ressignificações sobre o mar dentro de abordagens literárias contemporâneas e latino-americanas.</p>2023-03-27T19:04:06-03:00##submission.copyrightStatement##