Tradução, inclusão literária e surdez: reflexões a partir da tradução do conto “Vestida de preto” do português para a libras

  • Denise Almeida Silva URI/Frederico Westphalen
  • Elis Gorett da Silveira Lemos

Resumo

Este estudo objetiva refletir sobre os desafios representados pela tradução de um texto de línguas verbais para línguas visuais, tomando como exemplo o processo da tradução do conto “Vestida de Preto” do Português para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). A discussão centra-se, por um lado, nos problemas enfrentados na referenciação espaço-temporal, mais especificamente no uso do espaço pelo tradutor para o processo de geração de sentidos; considera, ainda, a relação entre língua de sinais, identidade surda e inclusão/exclusão literária, expõe semelhanças e diferenças entre línguas verbais e visuais, e reflete sobre as estratégias empregadas na tradução do conto. Toma como substrato teórico, sobretudo, o pensamento de Albir (2008), Albres (2014; 2015), Liddel (1996) e Quadros (2011). Conclui-se que, a partir da compreensão da tradução como transposição entre culturas, a tradução multimodal e multissemiótica, tal como a provida por vídeos, mostra-se efetiva para a compreensão de textos pela comunidade surda, para a qual o Português é uma segunda língua.

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Biografia do Autor

Denise Almeida Silva, URI/Frederico Westphalen
Doutora em Letras. Docente no Deparatamento de Linguística, Letras e Artes da URI/Frederico Westphalen
Publicado
2018-02-27
Seção
Dossiê temático