FRAGMENTAÇÃO URBANA E TURISMO NO PARQUE DAS NAÇÕES-LISBOA.

  • Rafael H. Teixeira da Silva
  • Camila Benatti
Palavras-chave: Fragmentação Socioespacial. Turismo. Centralidade. Parque das Nações.

Resumo

São perceptíveis as inúmeras mudanças que ocorreram na sociedade ao longo das últimas décadas, principalmente relacionadas a um regime de acumulação flexível, surgimento de novos estilos de vida e mudanças tecnológicas, que tiveram como um de seus efeitos mais claros, a fraturação do território em um mosaico com especificidades. Com o intuito de melhor apreender como se deu esse processo de constituição de novas centralidades e seus principais impactos na cidade de Lisboa, onde, por meio de um grande evento regenerou-se uma área industrial decadente, que este ensaio foi realizado. Deste modo, foram analisadas algumas bibliografias que abordam as ações realizadas no Parque das Nações, ressaltando os principais pontos referentes às intervenções realizadas na área, com o intuito de contribuir para a reflexão sobre a forma como a freguesia estudada pode vir a ser melhor integrada com outras áreas da cidade. Dentre as questões mais relevantes abordadas, é ressaltada a exclusão da participação de algumas populações que estavam localizadas na área, do processo de tomada de decisões. Nesse âmbito, constatou-se que a maioria dos estudos apresentados não aborda e nem aprofunda a questão da “limpeza social” realizada na antiga zona da Expo’ 98, hoje Parque das Nações. Em consequência a este fato, constatou-se a ocorrência da realocação de inúmeras famílias que se encontravam na freguesia, excluindo-as do processo e dos benefícios da revitalização da área. Visou-se, assim, levantar algumas questões, em um contexto atual de dificuldade econômica, sobre a forma como os equipamentos de lazer e turismo que se encontram nesta área, podem vir a funcionar como catalisador de mudanças sociais positivas.

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Publicado
2015-07-06
Seção
Artigos